quinta-feira, 31 de março de 2011

Os gemidos da natureza


O terremoto que sacudiu o Japão e o tsunami que varreu algumas de suas cidades no mês de março de 2011 ainda nos chocam profundamente. A natureza está gemendo e se contorcendo de dores. Os terremotos, maremotos e tsunamis, além de fenômenos naturais são também trombetas de Deus aos ouvidos da humanidade. Esses desastres da natureza vem de causas naturais e também de intervenção sobrenatural. Os efeitos da queda atingiram não apenas a raça humana, mas também a natureza. A natureza está sujeita à servidão e aguarda, com gemidos profundos, a restauração desse cativeiro (Rm 8.20-22). De igual forma, a igreja, tendo as primícias do Espírito, também geme aguardando sua completa redenção, quando teremos corpos incorruptíveis e gloriosos. Até mesmo o Espírito Santo está gemendo, com gemidos inexprimíveis, intercedendo por nós, em nós, ao Deus que está sobre todos nós (Rm 8.26).

Precisamos olhar para os fenômenos da natureza não apenas com os olhos da investigação científica, mas também na perspectiva da fé. Jesus disse que um dos sinais de sua segunda vinda seria a ocorrência de terremotos em vários lugares. Esses gemidos da natureza têm se intensificado sobremodo desde o século passado. No livro de Apocalipse, capítulos 8 a 11, há o relato das trombetas de Deus. Essas trombetas falam do juízo de Deus em resposta à abertura dos selos, quando o mundo perseguiu de forma implacável a igreja. Essas trombetas falam do juízo de Deus temperado com a misericórdia. São um alerta de Deus e um chamado ao arrependimento. Quando as trombetas tocam, seus efeitos se fazem sentir na terra, nos mares, nos rios, nos astros e sobre os homens. A fúria da natureza está fora do controle humano, mas cumpre uma agenda divina. Essa agenda é um chamado veemente de Deus às nações para o arrependimento antes que seja tarde demais. Se as trombetas não forem ouvidas, as taças da ira de Deus serão derramadas. A diferença entre as trombetas e as taças é que naquelas a porta da graça está aberta e a salvação é oferecida aos que se arrependem; porém, quando as taças forem derramadas não haverá mais tempo de arrependimento. As portas da graça terão se fechado para sempre.

Os defensores da teologia relacional defendem que nem mesmo Deus tem controle desses fenômenos e que ele é tão surpreendido como nós quando essas tragédias desabam sobre a humanidade. As Escrituras, porém, revelam-nos que nada apanha Deus de surpresa. Ele está assentado na sala de comando do universo e tem as rédeas da história em suas mãos. Cabe-nos nesse tempo de dor, ouvirmos sua voz; voltarmo-nos para ele com sincero arrependimento e expressarmos aos que são atingidos pelas catástrofes nossa solidariedade. Não temos o direito de especular a dor alheia nem fazer conjecturas apressadas. Devemos, antes, nos humilhar sob a onipotente mão de Deus e entendermos que os dias se aproximam. Devemos nos preparar convenientemente para o dia em que o Senhor virá em majestade e glória. Devemos viver com santo temor aguardando e apressando o dia da vinda de nosso Senhor. Devemos anunciar com senso de urgência o evangelho da graça e manifestar a todos os homens, nosso amor incondicional.

Rev. Hernandes Dias Lopes

terça-feira, 22 de março de 2011

Paraíba Contra o Crack


Paraíba se une contra o crack

União Contra o Crack e Pela Vida. Este será o mote da campanha que o Governo do Estado lançará, nesses próximos dias, para estimular a população a se juntar à luta contra o avanço do crack na Paraíba.

Na tarde desta terça-feira dia 22, no auditório da PBPrev, aconteceu mais uma reunião onde a comissão da campanha, juntamente com os órgãos de Segurança Pública, Assistência Social, Educação, Justiça e Saúde nos âmbitos municipal, estadual, Poder Judiciário, Ministério Público, além de organizações não-governamentais que atuam no combate às drogas e no apoio aos dependentes apresentaram idéias e trabalhos que vão culminar numa grande ação no combate ao crack, essa droga que tem dizimado famílias no mundo inteiro.
Dentre as metas para longo prazo, está a elaboração de um Plano Estadual de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas. Pelo menos quatro metas estão no foco central desse Plano de Enfrentamento, que são: prevenção, tratamento dos dependentes químicos, reinserção do dependente ao mercado de trabalho e a repressão ao tráfico de drogas.
Os representantes das entidades que compõem a Comissão de Enfrentamento ao Crack, estão correndo contra o tempo para elaborar um projeto interno, com definição das atribuições de suas instituições e sugestões de iniciativas, para posterior integração dessas idéias e organização de um plano estadual que contemple todas as frentes e os melhores projetos.
O trabalho de coordenação do Plano de Combate ao Crack está à cargo da Secretária de Desenvolvimento Humano do Estado, Aparecida Ramos e o Gestor do Programa de Políticas sobre Drogas (PEPD/PB), Pastor João Filho. Aparecida defende uma política de integração regional para combater os problemas sociais gerados pelo uso da droga.
A próxima reunião da Comissão de Enfrentamento ao Crack está prevista para acontecer na primeira quinzena de abril, em data e local ainda a ser confirmados.
Obs: Participei dessa reunião, por também ser mais uma na luta contra esse mal. Coordeno, juntamente com outras pessoas, uma ONG que cuida de viciados em crack, aqui em João Pessoa.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Vinte e Cinco Anos Comendo Sal Juntos


Quando Deus acabou de formar o homem, disse: “Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea”. E assim começou a história do casamento. O fato é que "até que a morte os separe”, frase ouvida por milhões de casais em boa parte do mundo durante a cerimônia religiosa de casamento, costuma ecoar sobre o homem ou a mulher quando a união está ruindo ou quando o que resta da ilusão matrimonial é mantido à duras penas. Presume-se que a intenção da maioria ao assumir um compromisso como esse é ser feliz pelo resto da vida. Mas... vida à dois não é fácil. Manter uma relação por décadas é coisa rara nesses últimos dias. São tantos “acidentes de percurso” que atuam com um força arrasadora.

Tem cônjuges que traem porque gostam de trair. Outros cônjuges traem sua cara-metade porque praticamente ele (a) obriga. Como? Abrindo uma lacuna no relacionamento. Relaxa com os compromissos, não dá atenção devida, não zela pela pessoa, não cuida, tem ciúme doentio que sufoca. Isso tudo vai gerando uma insatisfação e como nem todo mundo tem estrutura para passar a vida toda sofrendo, não vê outra saída a não ser trair e consequentemente separar. Todavia, existem aqueles que estão dispostos a pagar o preço pelo casamento, são aqueles que entenderam que “o amor é sofredor, é benigno; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece; não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. ( I co 13 )

Nenhum casamento vem pronto e acabado, qualquer casamento está potencialmente sujeito à separação. Mas homens e mulheres, por não compreender essa realidade, continuam utilizando recursos diversos para manter a casa em pé: são estratégias diretas, indiretas, um jeito particular de se esquivar ao diálogo, optar pelo silêncio, esperar pela melhor oportunidade de abordar certo assunto e, assim, atingir seu objetivo sem traumas.

Alguém disse que: “o Casamento é uma fortaleza sitiada, cercada, quem está fora quer entrar, quem está dentro quer sair”. Esse mês meu casamento completou 24 anos. Como qualquer pessoa, tive e tenho minhas crises e quem disser que não tem está mentindo, mas descobri que um relacionamento precisa de maturidade e tenho buscado isso. Um casamento inspirado no amor de Deus será forte, a ponto suportar os vendavais. Outra coisa também que deve ser levada em conta e que o problema não está no “ato em si do casamento”, mas nas pessoas. Tem gente que passa a vida inteira casando e descasando e acumulando mais problema - filhos, pensões etc. Eu ainda acredito na força do diálogo, tolerância e do amor.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Jesus X Assaltantes



Há nove anos atrás, eu ainda não tinha carro e numa certa noite recebi o convite de uns amigos/irmãos para fazer uma participação num programa de rádio na 107.7. Nessa época o estúdio da 107 situava-se no prédio da Asplan – rua Rodrigues de Aquino, centro de João Pessoa.
De pronto, aceitei o convite. E pela inconveniência da hora do programa ( 21h) fui acompanhada do meu esposo. Fui, participei e tínhamos combinado com o pessoal que eles nos dariam uma carona de volta. Só que quando faltavam uns 15 minutos para encerrar o programa, ou seja, às 21:45, para não incomodar as pessoas, nem fazê-las mudar a sua rota, resolvemos ir embora de ônibus.
Muita insistência para que esperássemos, afinal só faltavam 15 minutos, mas, realmente eu tava decidida ir embora. Saímos do prédio, por aquela ruazinha que vai dar na Diogo Velho. Pra quem conhece, sabe que aquele trecho é 100% comercial e naquele horário não se vê uma pessoa sequer pela rua. Totalmente esquisito. Mas... não lembramos disso e lá fomos nós pegar o ônibus em frente à Cagepa da Diogo Velho. Bem pertinho dalí.
Andamos uns 150 metros. Já estávamos praticamente na esquina, quando uma moto passou por nós. Fez a volta e veio na contramão, na mesma direção que a gente. Mas não percebemos nada. Daqui a pouco, mais próximo de nós, vimos quando o cara parou bem no meio da rua a moto e ficou com o motor ligado e outro foi ao nosso encontro e já foi sacando uma arma.
Nesse momento eu segurei firme a mão do meu marido e disse: “isso é um assalto”. Como em câmera lenta, o cara se aproximava da gente e eu mergulhada num silencioso desespero, olhei para trás rapidamente e pros lados, na esperança de que alguém nos vise e viesse nos socorrer. Mas que ninguém !
E num gesto reflexivo de quem crer no sobrenatural, olhei pro céu e gritei: “ Jesus chegue aqui, por favor”. E agora, vem a parte mais importante, que eu quero lhes contar. Antes porém, quero dizer não posso obrigar ninguém a acreditar, mas tenho obrigação de dizer que é a mais cristalina verdade. Quando chamei o nome que está acima de todos os nomes – Jesus – numa velocidade luz, parou uma viatura da polícia ( e eles não estavam em perseguição aos bandidos, se assim fosse, os caras da moto não teriam parado para nos assaltar ), desceram quatro homens armados e começam a atirar. O medo tem várias formas de manifestação. Nesse episódio, eu mumifiquei. Quanto mais o policial pedia para eu abaixar ou correr, mas parada eu ficava. Bom, passados alguns segundos nessa agonia, os caras se mandaram na moto e os policiais nos deixaram na parada do ônibus. Quando a ficha caiu, eu entrei numa crise de choro. Passei muito tempo sem sair de casa à noite. Até hoje, ouvir um barulho de moto, me arrepia até a alma. Voltei a vida normal depois que comprei um transporte.
Mas, o que eu quero mesmo dizer com isso tudo é que: esteja onde estiver, na situação mais caótica e sem saída humanamente falando, chame-o. Chame Jesus, Ele tem a saída.