quarta-feira, 31 de março de 2010

Apenas... Chame-o ... Com Fé

Há cerca de nove anos passados, eu ainda não tinha carro e numa certa noite recebi o convite de uns amigos/irmãos para fazer uma participação num programa de rádio na 107.7. Nessa época o estúdio da 107 situava-se no prédio da Asplan – rua Rodrigues de Aquino, centro de João Pessoa.
De pronto, aceitei o convite. E pela inconveniência da hora do programa ( 21h) fui acompanhada do meu esposo. Fui, participei e tínhamos combinado com o pessoal que eles nos dariam uma carona de volta. Só que quando faltavam uns 15 minutos para encerrar o programa, ou seja, às 21:45, para não incomodar as pessoas, nem fazê-las mudar a sua rota, resolvemos ir embora de ônibus.
Muita insistência para que esperássemos, afinal só faltavam 15 minutos, mas, realmente eu tava decidida ir embora. Saímos do prédio, por aquela ruazinha que vai dar na Diogo Velho. Pra quem conhece, sabe que aquele trecho é 100% comercial e naquele horário não se vê uma pessoa sequer pela rua. Totalmente esquisito. Mas... não lembramos disso e lá fomos nós pegar o ônibus em frente à Cagepa da Diogo Velho. Bem pertinho Dalí.
Andamos uns 150 metros. Já estávamos praticamente na esquina, quando uma moto passou por nós. Fez a volta e veio na contramão, na mesma direção que a gente. Mas não percebemos nada. Daqui a pouco, mais próximo de nós, vimos quando o cara parou bem no meio da rua a moto e ficou com o motor ligado e outro foi ao nosso encontro e já foi sacando uma arma.
Nesse momento eu segurei firme a mão do meu marido e disse: “isso é um assalto”. Como em câmera lenta, o cara se aproximava da gente e eu mergulhada num silencioso desespero, olhei para trás rapidamente e pros lados, na esperança de que alguém nos vise e viesse nos socorrer. Mas que ninguém !
E num gesto reflexivo de quem crer no sobrenatural, olhei pro céu e gritei: “ Jesus chegue aqui, por favor”. E agora, vem a parte mais importante, que eu quero lhes contar. Antes porém, quero dizer não posso obrigar ninguém a acreditar, mas tenho obrigação de dizer que é a mais cristalina verdade. Quando chamei o nome que está acima de todos os nomes – Jesus – numa velocidade luz, parou uma viatura da polícia ( e eles não estavam em perseguição aos bandidos, se assim fosse, os caras da moto não teriam parado para nos assaltar ), desceram quatro homens armados e começam a atirar. O medo tem várias formas de manifestação. Nesse episódio, eu mumifiquei. Quanto mais o policial pedia para eu abaixar ou correr, mas parada eu ficava. Bom, passados alguns segundos nessa agonia, os caras se mandaram na moto e os policiais nos deixaram na parada do ônibus. Quando a ficha caiu, eu entrei numa crise de choro. Passei muito tempo sem sair de casa à noite. Até hoje, ouvir um barulho de moto, me arrepia até a alma. Voltei a vida normal depois que comprei um transporte.
Mas, o que eu quero mesmo dizer com isso tudo é que: esteja onde estiver, na situação mais caótica e sem saída humanamente falando, chame-o. Chame Jesus, Ele tem a saída. Feliz páscoa !

terça-feira, 30 de março de 2010

Abram Alas Para o Mêdo



Num dos meus relances de vida, lembrei de quando começou o pânico da gripe suína. As mídias local e nacional deram um show de informação sobre a doença e também levou-nos a viver momentos de grande pavor. O fantasma da gripe que matava em poucos dias estava estampado em cada rosto mascarado.

No auge dessa “tribulação viral”, meu pequeno Victor, 14 anos, 1m80cm, ( nossos caçulinhas são sempre pequenos), apresentou um quadro de febre, dores e espirros. Assustada com o bombardeio das informações, corri com ele para o “trauminha” de Mangabeira. Foi atendido na emergência e o encaminharam para o PSF do bairro. Disseram que só nos PSFs é que o procedimento para o diagnóstico seria feito.
Tocamos para o PSF do meu bairro. Chegando lá, descobri pelo mapa do bairro, que minha rua tinha o mesmo “problema geográfico” da cidade de Pedras de Fogo/Itambé. Ou seja, uma linha imaginária, divide os dois municípios. Uma linha imaginária dividia os bairros e eu fui re-encaminhada para outro PSF. Nisso, o quadro do menino que estava sem se alimentar ficava pior. Ao chegar finalmente nesse último PSF, muita gente na recepção e pelo visto não tinha mais como atendê-lo. Foi quando eu resolvi expor o problema do meu filho. Aos poucos eu vi as pessoas se afastarem de perto dele. A recepcionista saiu de fininho e entrou numa sala. Não demorou dois minutos a enfermeira nos chamou e trancou a porta. Com muita dificuldade e tremendo bastante ela pediu que o menino colocasse a máscara. Pelo quadro, a enfermeira achava que era a gripe suína. Mais do que rápido, o encaminharam para o ambulatório médico e finalmente veio o diagnóstico. Amigdalite braba. Nada que um bom antibiótico não curasse. Feito o tratamento, a vida de Victor voltou ao normal.
Hoje, relatando esse episódio, dei boas risadas, ao lembrar das pessoas se desviando desfarçadamente do menino com medo de pegar o vírus, cedendo a vez e abrindo alas para o atendimento.




quinta-feira, 25 de março de 2010

Na Barraca do Mercado Central

Sempre passo pelo mercado central de carro. Mas, dia desses precisei pegar ônibus naquele local. Enquanto aguardava o transporte comecei a observar o novo mercado e veio-me à lembrança de quando vez por outra eu almoçava nos “restaurantes” daquele lugar.
Nos ídos de 2002/2003 meu queridíssimo colega jornalista, advogado e professor, Germano Ramalho, assumiu a coordenação de jornalismo das rádio do Sistema Correio e eu, era digamos assim, era quem coordenava a produção, principalmente do Correio Debate. De modo que passávamos a manhã no corre-corre e depois das 14 horas, quando encerrava a primeira etapa da labuta, é que íamos almoçar “cada qual no seu quadrado”.

Vez por outra, dado à necessidade de voltarmos logo pra redação, Germano me convidava para irmos comer um bodinho numa daquelas “barracas”. Garanto que nem todo mundo tem essa coragem, princialmente sendo mulher. Mas nunca fiz discriminação de ambiente. Eu tanto sei comer no Tererê, quanto em uma barraca do Mercado Central. E lá íamos nós. Ao nos deslocarmos para o interior do mercado, íamos chamado a atenção de todos por estarmos destoando da clientela costumeira do lugar. Bem vestidos, bem apessoados, porte de pessoas de bem. Mas quem se importa com isso ?
Escolhida a barraca. Não tínhamos muita opção não. A maioria o esgoto corria à céu aberto e encontrar uma posição que o tamborete não virasse, dado ao desnivelamento do piso, era coisa difícil. Porém, tudo na vida tem um preço. E o preço daquilo era exatamente uma comidinha caseira e muito deliciosa. Pedido feito. Comida na barriga e pé na tábua de volta pra redação. Ninguém nunca morreu por ter comido numa barraquinha seja lá de onde for. Mas muitos jornais tem trazido manchetes de “entoxicação” por comidas estragadas de restaurantes chiques. Mas o que eu quero mesmo dizer com esse relance de vida, é que é tão bom aproveitar as coisas simples que a vida nos oferece. Sem orgulho e preconceito. Lembrando a todo momento que fomos feito do pó e para ele vamos voltar.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Formaturas – Coisas da Atualidade


Calma ! Não estou em nenhuma festa de carnaval. Dia treze desse mês, fui convidada para uma festa de formatura do curso de direito da Ufpb. No meio dos formandos, minha sobrinha Willyane. Fui. Reuni todos de casa e lá fomos nós. A última formatura que participei foi a minha ( jornalismo ) em 1985 no clube Campestre na cidade de Campina Grande. De lá pra cá, devido a minha antipatia a eventos dessa natureza, nunca mais.
Chegamos ao local da festa e até umas duas horas após nossa chegada tudo parecia normal. Pessoas comendo, bebendo, sorrindo, dançando, conversando, andando de um lado para o outro. Até que começou uma agitação, um buzinaço. As pessoas começaram a usar adereços próprios de um baile de fantasias. Era chapéu, máscara, plumas, paetês, óculos, apitos, confetes e serpentinas.
Eu confesso a vocês que essa nova versão de formatura me pegou de surpresa. Fiquei mais surpresa ainda quando vi o show que cada formando deu ao entrar. Cada um mostrou uma performance ao som de sua música preferida. Enquanto isso os parentes de cada um os aguardava passar num tapete vermelho. À medida que cada uma atravessava a passarela, os familiares iam atrás fazendo aquela festa. Taí, gostei da nova versão de formatura.
Acalmados os ânimos e de volta às mesas, fiquei matutando. Porque será que inventaram essa moda ? Comecei a lembrar da minha formatura. Trinta jovens latino-americanos sem dinheiro no banco, sem parentes importantes e vindos do interior. Ralamos pra caramba na ex-Furne ( Fundação Universidade regional do Nordeste ), pagando crédito educativo, comprando livros caros e todo material necessário e muitos ainda tinham que morar no que chamamos de repúblicas de estudantes. Lembro como se fosse hoje, quando minha turma se formou, tudo que participamos foi da aula da saudade e da entrega simbólica do diploma. Todo mundo de beca preta naquela foto oficial do juramento de fidelidade. Pronto. A nossa “festa” acabou por aí. Pobre de nós. Kkk.
Ops acabei de encontrar a resposta da minha pergunta “porque inventaram essa moda”? Não é moda não. Devia ser regra em todas as formaturas. Pena que em 1985 não existia essa consciência. Os estresses, as dificuldades, o sacrifício que muitas vezes os familiares precisam se submeter para manter alguém na universidade valem uma comemoração com muita alegria e descontração. Sair de uma universidade hoje vitorioso ( a ) não é pra qualquer um. Então vale mesmo se alegrar. Vale até soltar fogos de artifícios. Claro ! formatura é sinal que alguém saiu da condição de aprendiz e passou a ser um profissional que tem agora somente que correr atrás do seu sonho.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Meus Vinte e Três Anos de Casamento

Quando Deus acabou de formar o homem, disse: “Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea”. E assim começou a história do casamento. O fato é que "até que a morte os separe”, frase ouvida por milhões de casais em boa parte do mundo durante a cerimônia religiosa de casamento, costuma ecoar sobre o homem ou a mulher quando a união está ruindo ou quando o que resta da ilusão matrimonial é mantido à duras penas. Presume-se que a intenção da maioria ao assumir um compromisso como esse é ser feliz pelo resto da vida. Mas... vida à dois não é fácil. Manter uma relação por décadas é coisa rara nesses últimos dias. São tantos “acidentes de percurso” que atuam com um força arrasadora.

Tem cônjuges que traem porque gostam de trair. Outros cônjuges traem sua cara-metade porque praticamente ele (a) obriga. Como? Abrindo uma lacuna no relacionamento. Relaxa com os compromissos, não dá atenção devida, não zela pela pessoa, não cuida, tem ciúme doentio que sufoca. Isso tudo vai gerando uma insatisfação e como nem todo mundo tem estrutura para passar a vida toda sofrendo, não vê outra saída a não ser trair e consequentemente separar. Todavia, existem aqueles que estão dispostos a pagar o preço pelo casamento, são aqueles que entenderam que “o amor é sofredor, é benigno; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece; não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. ( I co 13 )

Nenhum casamento vem pronto e acabado, qualquer casamento está potencialmente sujeito à separação. Mas homens e mulheres, por não compreender essa realidade, continuam utilizando recursos diversos para manter a casa em pé: são estratégias diretas, indiretas, um jeito particular de se esquivar ao diálogo, optar pelo silêncio, esperar pela melhor oportunidade de abordar certo assunto e, assim, atingir seu objetivo sem traumas.

Alguém disse que: “o Casamento é uma fortaleza sitiada, cercada, quem está fora quem entrar, quem está dentro quer sair”. Hoje, dia 18, meu casamento completa 23 anos. Como qualquer pessoa, tive e tenho minhas crises e quem disser que não tem está mentindo, mas descobri que um relacionamento precisa de maturidade e tenho buscado isso. Um casamento inspirado no amor de Deus será forte, a ponto suportar os vendavais. Outra coisa também que deve ser levada em conta e que o problema não está no “ato em si do casamento”, mas nas pessoas. Tem gente que passa a vida inteira casando e descasando e acumulando mais problema - filhos, pensões etc. Eu ainda acredito na força do diálogo, tolerância e do amor.






domingo, 14 de março de 2010

Empresa Faz Tortura Psicológica à Idoso


Problema com empresas de telefonia quem nunca teve ? creio que todo mundo teve seu dia “d” dentro de uma loja tentando convencer os funcionários de que está sendo lesado, prejudicado, injustiçado, sei lá mais o que. Peça a Deus pra não precisar resolver coisa desse tipo, pois é um dos maiores constrangimentos seguido de humilhação que alguém pode passar.

Sábado, dia 13, precisei ir até uma loja de atendimento de uma empresa de telefonia na Av. Epitácio Pessoa. Problemas com o meu plano. Estava pagando dobrado e recebendo que é bom nada ! fui resolver pacificamente. Mas... gato escaldado de água fria tem medo. Não era a primeira vez que eu enfrentava tal situação. Então eu já entrei como ovelha que vai para o matadouro. Ou seja, na marra.

Cheguei, fiquei aguardando minha vez no balcão. Enquanto isso do meu lado assisti uma cena digna de uma novela mexicana ( aquelas que as mulheres choram muito ). Dentro dessa loja existe uma espécie de “reservado” que eu chamo de “local do golpe de misericórdia”. É pra lá que os funcionários encaminham as “vítimas” nos seus últimos suspiros de equilíbrio. Lá estava uma cliente em desespero, que falava sem parar. Ela representava legalmente seu pai. Do lado, o seu pai, um senhor de quase 80 anos, doente, numa cadeira de rodas, usando um tubo de traqueostomia - para permitir a passagem de ar e a remoção de secreções do pulmão, cirurgia feita pelo pescoço até a traquéia - O Senhor nem voz tinha pra falar, mas do outro lado da linha, alguém insistia que colocasse o titular para dizer de viva voz que queria cancelar o contrato. Foi aí o ápice da cena. A filha começou a chorar e falar alto, com indignação “... como meu pai vai falar se nem voz ele tem”?

Nesse momento aflorou em mim o sentimento cristão e fui dar apoio psicológico aquela filha que chorava num tom de revolta. Mas lembrei que eu era jornalista. Liguei pro meu amigo promotor do Cidadão Valberto Lira, infelizmente seu celular estava desligado. Pensei comigo, vou filmar tudo e gravar. Que pena, minha câmera estava em casa e meu celular apesar de ter uma resolução muito boa, tava dando sinal que iria descarregar.

Resultado: quando me viram ligando, um funcionário da dita loja, não sei se por misericórdia ou por zelo à loja( porque aquilo ia dar um belo processo. Onde já se viu um idoso, doente ser submetido a uma pressão psicológica dessa ??? ) correu e disse: “ vou me passar pelo cliente e cancelar o plano”. Dito e feito. Em 10 minutos ele resolveu o problema, a mulher me agradeceu muito e os dois saíram, apesar de tudo, satisfeitos.

As próximas vítimas seriam eu e meu esposo ( ele também estava com o mesmo problema ) e cá com meus botões, falei: se esse senhor idoso e doente, passou por isso, imagina o que nos espera !! E fomos explicar para a “mocinha” o que estava acontecendo. Começou o moído. “Ligue pra tal número”... 15 minutos de espera na linha do celular e nada. “Tente este outro número”... mais 15 minutos. Pelo marido ainda estaríamos lá ligando, mas minha adrenalina - hormônio liberado pelas glândulas suprarrenais, num sinal liberado em resposta ao grande estresse físico ou mental, situações de forte emoção – falou mais alto. Com “muita calma e educação” eu procurei a gerente e pedi ajuda, pois pelo meu celular só conseguia falar com máquinas. Foi quando nos encaminharam para o “local do golpe de misericórdia”. Nessa dita cabine, onde o velhinho já tinha sofrido muito, começou a segunda etapa do meu sofrimento. Nem ligando do telefone fixo da empresa obtive êxito. Quando eu já estava passando mal a ponto de explodir, chega uma atendente e diz: vou me passar pela senhora e tentar cancelar.

Diga aí, é pra você enfartar ou não ? Nesse ínterim, mais de uma hora, meu esposo estava falando com uma atendente pelo celular e graças a Deus conseguiu resolver os nossos problemas.

Moral da história: ou os funcionários são “bonzinhos” e se arriscam para ajudar um cliente à beira de um avc, ou, recebem ordem para deixar o cliente “espumar de raiva até o último suspiro” e caso alguma coisa venha colocar em risco o nome da empresa, eles entram em ação para resolver o problema.

Já que essa sistemática da empresa é assim e creio que não vai mudar, peço às autoridades competentes que pelo menos obriguem a mesma a manter um cardiologista de plantão. Acredito que assim como nós, a maioria dos clientes sofredores, saem passando mal.

Isso é um absurdo !

quinta-feira, 11 de março de 2010

Suando a camisa


Vivemos na era do “antiperspirante”. O artigo de hoje não tem nenhuma relação com desodorante, mas deixe-me lhe falar uma coisa. Quem nunca usou desodorante antiperspirante ? vou abrir aqui um parêntese para dar uma explicaçãozinha básica sobre a química desse produto, e depois voltamos a idéia central do texto.

Para quem usa e não sabe, o desodorante antiperspirante, é feito com diversos ingredientes, incluindo cera, um emoliente líquido e um ingrediente ativo. É o ingrediente ativo que faz os antiperspirantes bloquearem o suor. Todos os antiperspirantes possuem um composto à base de alumínio como ingrediente principal. Há várias afirmativas que este produto é o principal causador de câncer de mama. Se é verdade não sei, mas um procedimento anti-natural não deve ser saudável. Acredito que o normal é suar na hora que for preciso.

Bom, voltemos ao texto base. Acompanhe meu raciocínio. Acordamos, levantamos e na hora do café tem que ser num lugar arejado, no mínimo com ventilador, nesse calor quem agüenta?? Descemos do prédio de elevador. Entramos no carro e já ligamos o ar. Notem que até agora ninguém suou. Mal chegamos no local de trabalho e lá está o split nos esperando no alto dos seus potentes 17 graus. Se ficarmos o resto do dia no escritório, é o dia todinho de frescor.

Voltamos pra casa no mesmo carro ar-condicionado. Sentamos em frente à tv. Lá está o controle remoto. Pra que se levantar ? vamos dormir, ufa que calor ! liga o ar. E assim vamos levando uma vida “antiperspirante”, ou seja, sem suar. Enquanto isso, a biologia e a medicina, afirmam que o suor que é a secreção natural das glândulas sudoríparas, constituído de água (99%) e sais minerais (1%) é fundamental para a saúde. Quando a temperatura interna do corpo ultrapassa os 37ºC, o suor age como um mecanismo de refrigeração: os vasos sanguíneos próximos à pele se dilatam e estimulam as glândulas sudoríparas a iniciarem o processo de transpiração.

Vocês já observaram que dificilmente a gente vê um trabalhar braçal – daqueles que suam o dia todo – com ar de doente ? pálido, verde, amarelo, sei lá que cor ! agora, pessoas “antiperspirantes” com cara de doente é o que mais se ver por aí a fora.

Se faz bem à saúde... então vamos suar !




segunda-feira, 8 de março de 2010

Homemagem às Mulheres Guerreiras



O marido e a mulher não se falavam há uns três dias. Entretanto, o homem se lembrou que no dia seguinte teria uma reunião muito cedo no escritório. Como precisava levantar cedo, resolveu pedir à mulher para acordá-lo. Mas para não dar o braço a torcer, escreveu num papel: 'Me acorde às 6 horas da manhã'.
No outro dia, ele levantou e quando olhou no relógio eram 9h30. O homem teve um ataque e pensou: Mas que absurdo! Que falta de consideração, ela não me acordou... Nisto, olhou para a mesa de cabeceira e reparou um papel no qual estava escrito: São seis horas, levanta!!! Moral da História:Não fique sem conversar com as mulheres, elas ganham sempre, estão certas sempre e são simplesmente geniais na vingança!!!!!!
Poesia Meu nome é MULHER!
Eu era a Eva, criada para a felicidade de Adão, mais tarde fui Maria, dando à luz aquele, que traria a salvação.
Mas isso não bastaria, pra eu encontrar perdão.Passei a ser Amélia, a mulher de verdadePara a sociedade não tinha a menor vaidadeMas sonhava com a igualdade.Muito tempo depois decidi: Não dá mais!Quero minha dignidade, tenho meus ideais!Hoje não sou só esposa ou filha, sou pai, mãe, arrimo de família, sou caminhoneira, taxista,Piloto de avião, policial feminina, operária em construção...Ao mundo peço licença, para atuar onde quisermeu sobrenome é COMPETÊNCIAe meu nome é MULHER..!!!!

sábado, 6 de março de 2010

Alguém Ousa Discordar de Mim ?

Há 11 anos fiz a primeira e única viagem pras bandas do sertão. Fomos eu, esposo, um filho de tres anos e um amigo. Saímos cedinho fazendo um “tur”. Começamos por Soledade. Em cada cidade que tínhamos um conhecido, a gente visitava, matava a saudade e “tocava a estrada”.

Lá pras tantas chegamos em Juazeirinho. Nessa cidade demoramos mais. Fomos visitar um grande amigo/irmão que estava desenvolvendo um trabalho missionário naquela cidade. Pois bem, a casa onde estávamos ficava próxima à PB que leva para o Sertão. Em frente à casa tinha um quebra-mola daqueles. Todos os carros tinham que parar e passar muito lentamente, numa velocidade que dava tranquilamente para qualquer criança pegar “morcego”.

Enquanto conversávamos muito e compartilhávamos de várias assuntos, dei por falta do meu filhote de apenas tres anos. Quando saí à calçada para procurar, quem disse que tinha algum vestígio do menino ? ninguém o viu. Mas como pode isso ?

Meus caros leitores, o menino aproveitou o momento em que uma caminhoneta passava em frente a casa, (o carro deve ter parado mesmo) se pendurou -de uma forma que até hoje eu não entendi- e foi embora PB acima agarrado na carroceria. Enquanto isso, aflita perguntava a vizinhança se tinham visto um menino assim, assim.... nada.

Passados uns minutos que pra mim foram anos, lá vem um homem com o meu filho nos braços. Era o motorista da caminhoneta. Ele me falou que estava indo pra outra cidade quando percebeu pelo retrovisor que uma criança estava à ponto de cair segurando com as pontas dos dedos na carroceria. Foi quando ele parou, voltou para Juazeirinho e saiu perguntando se alguém conhecia o menino. O motorista lembrou do quebra mola, onde outras vezes, meninos maiores fizeram a mesma coisa. E saiu em direção à casa onde estávamos.

Quando avistei o menino... pronto. Não precisa dizer mais nada. Agradecimento ao homem, choro, riso, alívio, me agarrei com ele e agradeci a Jesus Cristo por tão grande livramento que Ele acabara de dar ao meu filho.

Vocês tem noção do que eu passei ??? foi ou não um milagre vindo do céu ? alguém ousa discordar de mim ?

quarta-feira, 3 de março de 2010

Ilegal, Imoral ou Engorda



Refrão de uma música de Roberto Carlos diz assim...”tudo que eu gosto é ilegal, imoral ou engorda”... realmente, é da natureza do homem sentir-se atraído por tais coisas. Uma vez praticadas e conhecidas pelo público, sempre que algo se refere aquela pessoa, vem logo à mente a imagem negativa. Digamos assim, da “queda” que a pessoa sofreu.

Nossa estrutura física, emocional, mental e sobre-tudo espiritual está sujeita aos abalos que podem ofuscar, tampar, denegrir a visão que o homem precisa ter de Deus e vice-versa. Porém se o homem por algum motivo fracassar, cair, tiver cometido escolhas erradas, Deus deixou um recado bastante encorajador “o cair é do homem, mas o levantar é de Deus”.

O levantar aqui nesse texto tem sentido de mudar a direção, mudar de atitude, mudar de rumo, sair do estado em que encontra, permitir que os olhos sejam abertos para uma nova realidade. Há uma diferença entre cair e ficar eternamente prostrado, do cair e se levantar em renovo para enfrentar a vida de frente.

Nós humanos limitados temos um péssimo hábito. O de anexar uma imagem decorrente de uma atitude errada que alguém cometeu num determinado período de sua vida e achar que a pessoa vai continuar eternamente do mesmo jeito, sem opção alguma de mudança.

Todas as oportunidades que temos de julgar alguém pelo seus erros, julgamos. Não esqueçamos que a vida é um eterno crescer. É um eterno subir de ladeira (se bem que tem pessoas que preferem descer ). Nossa vida é feita de ciclos. De aprendizados. Somos seres em constante mudança.

O que ontem me enchia os olhos, hoje pode não representar mais nada. O que ontem me atraía, me prendia, pode não ter mais nenhuma influência sobre mim. O viver dos homens é exatamente assim, feito de etapas. O que me faz sorrir hoje, pode me fazer chorar amanhã. O que eu não gosto hoje, pode ser meu favorito amanhã.

Deus na sua onisciência, sabendo o que o homem iria aprontar, cuidou de deixar um recado escrito mais ou menos assim: “meu filho cuidado pra não escorregar. No entanto... se você cair, eu te levanto”. O cair é do homem, mas o levantar é de Deus.


Sm 145- 14
O SENHOR sustenta a todos os que caem, e levanta a todos os abatidos.

terça-feira, 2 de março de 2010

Apenas um Rapaz Latino Americano Sem Dinheiro no Banco e Vindo do Interior



Eu tava tentando elaborar uma lista de relances importantes que eu testemunhei ou vivenciei e dentre elas, lembrei de uma história de perseverança de uma pessoa que veio do anonimato com “A” maiúsculo. Esta pessoa perseguiu à duras penas seu objetivo e o resultado tá aí, visível para todos.

Por volta de 1989 eu conheci um jovenzinho cheio de ambição e esperança. Nessa época, meu esposo trabalhava na recepção de um hotel e o jovenzinho trabalhava como mensageiro (aquela pessoa que fica à porta recebendo os clientes e os dirigindo aos apartamentos).

Lembro como se fosse hoje. Tinha acabado de sair de uma consulta pediátrica com Ítalo, meu primogênito, que na época tinha quase dois anos e resolvi dar uma passadinha no hotel, já que ficava no mesmo caminho. Ao chegar, meu esposo me apresentou ao jovenzinho e disse-lhe que eu era jornalista. Com uma sede muito grande de informações acerca do curso e da profissão, ele me “bombardeou” com perguntas.

Definitivamente aquele não era o dia propício para tais informações. Estava chateadíssima com as injustiças e as dificuldades do dia-a-dia do ofício - era um carro só, velho, se quebrando, pra deixar um “monte de repórter” por aí á fora. Muitas vezes pra voltar à redação, me virava pedindo carona, pagando do bolso ou andando no expresso canelinha. Naquele período que conheci o “pretenso candidato” à jornalista, tinha acabado de ser dispensada pelo editor do jornal por não ceder aos seus assédios. Se eu quisesse teria o processado, mas deixei pra lá. Então por aí se imagina o quanto desencantada e decepcionada estava com a profissão de jornalista. Hoje, meu conceito tá melhor um pouquinho. Falei tudo. Contei como os bastidores funcionam. Como a gente é traído todos os dias pelos colegas. Como não existe amizade sincera, é cada um por si e Deus por todos. Fui falando. Aproveitei pra vomitar tudo.

Acabada a conversa, o jovenzinho escreveu um poema para meu filho ( até um dia desses eu tinha esse papel ) me agradeceu pelas informações e foi-se. Não lembro de ter tido outros contatos com ele. Só sei que passados alguns anos, o rapazinho já formado em jornalismo surge discretamente na imprensa e vai se aperfeiçoando até se consagrar na mídia e se tornar esse “monstro” chamado Marcelo José. Esse nome significa, perseverança e força de vontade.
Marcelo desculpa aí por revelar suas origens, mas é que eu achei um belo exemplo de vida para os outros rapazes latino americanos sem dinheiro no banco que estão por aí perdidos com medo de enfrentar o futuro. Você foi agraciado por Deus.