segunda-feira, 22 de março de 2010

Formaturas – Coisas da Atualidade


Calma ! Não estou em nenhuma festa de carnaval. Dia treze desse mês, fui convidada para uma festa de formatura do curso de direito da Ufpb. No meio dos formandos, minha sobrinha Willyane. Fui. Reuni todos de casa e lá fomos nós. A última formatura que participei foi a minha ( jornalismo ) em 1985 no clube Campestre na cidade de Campina Grande. De lá pra cá, devido a minha antipatia a eventos dessa natureza, nunca mais.
Chegamos ao local da festa e até umas duas horas após nossa chegada tudo parecia normal. Pessoas comendo, bebendo, sorrindo, dançando, conversando, andando de um lado para o outro. Até que começou uma agitação, um buzinaço. As pessoas começaram a usar adereços próprios de um baile de fantasias. Era chapéu, máscara, plumas, paetês, óculos, apitos, confetes e serpentinas.
Eu confesso a vocês que essa nova versão de formatura me pegou de surpresa. Fiquei mais surpresa ainda quando vi o show que cada formando deu ao entrar. Cada um mostrou uma performance ao som de sua música preferida. Enquanto isso os parentes de cada um os aguardava passar num tapete vermelho. À medida que cada uma atravessava a passarela, os familiares iam atrás fazendo aquela festa. Taí, gostei da nova versão de formatura.
Acalmados os ânimos e de volta às mesas, fiquei matutando. Porque será que inventaram essa moda ? Comecei a lembrar da minha formatura. Trinta jovens latino-americanos sem dinheiro no banco, sem parentes importantes e vindos do interior. Ralamos pra caramba na ex-Furne ( Fundação Universidade regional do Nordeste ), pagando crédito educativo, comprando livros caros e todo material necessário e muitos ainda tinham que morar no que chamamos de repúblicas de estudantes. Lembro como se fosse hoje, quando minha turma se formou, tudo que participamos foi da aula da saudade e da entrega simbólica do diploma. Todo mundo de beca preta naquela foto oficial do juramento de fidelidade. Pronto. A nossa “festa” acabou por aí. Pobre de nós. Kkk.
Ops acabei de encontrar a resposta da minha pergunta “porque inventaram essa moda”? Não é moda não. Devia ser regra em todas as formaturas. Pena que em 1985 não existia essa consciência. Os estresses, as dificuldades, o sacrifício que muitas vezes os familiares precisam se submeter para manter alguém na universidade valem uma comemoração com muita alegria e descontração. Sair de uma universidade hoje vitorioso ( a ) não é pra qualquer um. Então vale mesmo se alegrar. Vale até soltar fogos de artifícios. Claro ! formatura é sinal que alguém saiu da condição de aprendiz e passou a ser um profissional que tem agora somente que correr atrás do seu sonho.

3 comentários:

Anônimo disse...

Que bom que a minha formatura provocou tantas reflexões positivas. Não precisava nem ter falado. Sabia que ela ia render um texto no seu blog. Ressalvando a grafia incorreta do meu nome, adorei a homenagem!!! Arrasastes na festa. Bjos > Williany

Anônimo disse...

Lily, "dixculpa aí cara" pela grafia incorreta. Aproveito a oportunity para desejar-lhe uma carreira cada vez mais brilhante, uma vez que voce já faz parte do mundo jurídico paraibano. Segura a profecia de que voce ainda galgará degraus nunca imagináveis, mas perfeitamente "galgáveis" quando se tem força de vontade aliada a fé e ao temor de Deus.

Anônimo disse...

Pois é Josy, vc. disse que a última formatura que tinha ido foi a sua e eu também, tudo era diferente do que vimos hoje. As festas de formaturas de hoje são mais descontraídas, e sem falar no prazer que a família do(a) formanda tem por ter seu ente querido vencendo mais uma batalha na vida, embora a luta continua, hoje, não se pode parar só numa graduação, tem que o estudante continuar estudando e se especializando, para galgar um passo a mais no degrau no mercado de trabalho. Eu particularmente estou muito feliz com a minha primogênita. bjs.
Jacira