sexta-feira, 18 de março de 2011

Vinte e Cinco Anos Comendo Sal Juntos


Quando Deus acabou de formar o homem, disse: “Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea”. E assim começou a história do casamento. O fato é que "até que a morte os separe”, frase ouvida por milhões de casais em boa parte do mundo durante a cerimônia religiosa de casamento, costuma ecoar sobre o homem ou a mulher quando a união está ruindo ou quando o que resta da ilusão matrimonial é mantido à duras penas. Presume-se que a intenção da maioria ao assumir um compromisso como esse é ser feliz pelo resto da vida. Mas... vida à dois não é fácil. Manter uma relação por décadas é coisa rara nesses últimos dias. São tantos “acidentes de percurso” que atuam com um força arrasadora.

Tem cônjuges que traem porque gostam de trair. Outros cônjuges traem sua cara-metade porque praticamente ele (a) obriga. Como? Abrindo uma lacuna no relacionamento. Relaxa com os compromissos, não dá atenção devida, não zela pela pessoa, não cuida, tem ciúme doentio que sufoca. Isso tudo vai gerando uma insatisfação e como nem todo mundo tem estrutura para passar a vida toda sofrendo, não vê outra saída a não ser trair e consequentemente separar. Todavia, existem aqueles que estão dispostos a pagar o preço pelo casamento, são aqueles que entenderam que “o amor é sofredor, é benigno; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece; não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. ( I co 13 )

Nenhum casamento vem pronto e acabado, qualquer casamento está potencialmente sujeito à separação. Mas homens e mulheres, por não compreender essa realidade, continuam utilizando recursos diversos para manter a casa em pé: são estratégias diretas, indiretas, um jeito particular de se esquivar ao diálogo, optar pelo silêncio, esperar pela melhor oportunidade de abordar certo assunto e, assim, atingir seu objetivo sem traumas.

Alguém disse que: “o Casamento é uma fortaleza sitiada, cercada, quem está fora quer entrar, quem está dentro quer sair”. Esse mês meu casamento completou 24 anos. Como qualquer pessoa, tive e tenho minhas crises e quem disser que não tem está mentindo, mas descobri que um relacionamento precisa de maturidade e tenho buscado isso. Um casamento inspirado no amor de Deus será forte, a ponto suportar os vendavais. Outra coisa também que deve ser levada em conta e que o problema não está no “ato em si do casamento”, mas nas pessoas. Tem gente que passa a vida inteira casando e descasando e acumulando mais problema - filhos, pensões etc. Eu ainda acredito na força do diálogo, tolerância e do amor.

Um comentário:

Anônimo disse...

Congratulations dear!! Gostei da frase "quem está fora quer entrar e quem está dentro quer sair". De facto é verdade. Tenho 19 anos de casado, nem tudo foi um mar de rosas. Nunca me apaixonei pela minha mulher, nem quando namoramos. Mas, sempre gostei de estar com ela, talvez isto seja amor? Me apaixonei mesmo por três outras mulheres em toda a minha vida. Mas, não tive nada com nenhuma das três, pq duas delas eu já estava casado. Sou do tipo... fiel... Se tive me levado pelas paixões, já teria me casado pelo menos três vezes. Confesso, aind sou apaixonado por outra pessoa, estou tentando esquecê-la para manter meu casamento. É dificil, penso nela todos os dias, todos os momentos.. que inferno! Não quero me divorciar, não quero um caso, quero apenas esquece-la e prosseguir. Nunca a toquei. Respeito minha mulher. Já me mudei para bem longe, mas, nada muda isto. Já tem sete anos esta tragédia em minha vida. Quem quer continuar casado, passar dos 24, precisa fazer muiots sacrificios. Adorei sua matéria. rick.sjm@ig.com.br