terça-feira, 25 de maio de 2010

Aceita um cigarro ? Não obrigada !

Se tudo correr dentro do que foi programado, no Viver Bem, programa da Unimed deste dia 30/05 próximo domingo, estarei falando de como deixei de fumar. Uma entrevista leve, interessante e encorajadora. O programa vai ao ar em três emissoras de tv local. Quando termina em uma emissora, começa em outra. A partir das 08:30.


Parei de fumar há mais de 20 anos. Deixei, por livre e espontânea vontade, o vício que marcou a minha adolescência. Tinha 13 anos apenas quando ensaiei o primeiro trago num cigarro Continental que minha amiga Rosilene, pensando ser uma coisa muito “tchan”, me deu. Aquele gesto representou a minha entrada para o mundo dos adultos.

Tossi mais do que fumei. Engasguei. Sufoquei. Mesmo assim, devido à insana insistência, fumei mais do que tossi, ao longo dos anos de piolas da Souza Cruz. Minha “incentivadora” ao tabagismo, que tem a mesma idade que eu, filha de comerciante bem sucedido nos ídos de 1975, logicamente era quem me bancava o vício.

Ter, naquela época uma carteira de Hollywood no bolso era uma espécie de distintivo que dava autoridade e ingresso em qualquer lugar. Negar um cigarro era o mesmo que sentenciar a auto-condenação diante do grupo. No colégio, que faltasse a cantina, nunca a nicotina... na roda de amigos, sempre tinha um esperando para dar um trago.

Não tive nenhum motivo especial - tipo problema de saúde etc, para largar o vício. Um dia acordei revoltada com o domínio que uma coisinha branca, fina, cilíndrica, sem vida, exercia sobre mim e com a opinião que sempre tive, não sei de quem herdei, pois na minha árvore genealógica desconheço alguém opinioso, que segura o bicho com as unhas, simplesmente olhei pra carteira de cigarros raguei, destruir e disse nunca mais isso vai me dominar.

Não vou dizer que foi fácil. Passei um período meio que desorientada. A abstinência maltrata muito. Mas minha decisão de não me deixar dominar pelo cigarro, foi mais forte. Eu consegui. Mas minha amiga incentivadora, um dia desses esteve com o pé na cova, por conta do maldito, mas nunca quis deixar o vício. Fumar é ter na boca a morte e a falta de argumentação para evitá-la. A boca, a cada trago, silencia, tornando-se cúmplice de um crime perpetrado contra o seu próprio autor.


O que fumante promete não se escreve. “Amanhã, eu paro de vez!”. É a frase que não pode faltar no currículo dele. Aliás, isso se aplica em qualquer outro vício. Álcool, etc etc. E tem mais, o tabagista, além de ficar com raiva de quem o aconselha, o encoraja, a deixar, ainda dar um banho de insensatez e egoísmo quando acende seu cigarro em locais fechados ( mesmo existindo leis contra ), sem se importar com quem está ao redor. Falo por mim, que sou altamente alérgica à fumaça de cigarro. E tenho sofrido com pessoas assim.


Veja o programa Viver Bem no próximo domingo, tenho certeza que vai te acrescentar algo de positivo.

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