sexta-feira, 4 de junho de 2010

Homenagem ao meu Victor


No dia três de junho de 1995, às dez horas, na maternidade Santa Isabel, nascia meu último filho, “raspa do tacho” o qual dei o nome de Victor Emanuel.
Diferentemente dos outros dois irmãos, Victor passou e me fez passar por cada momento ! Compartilho com vocês alguns desses.
Tão logo deixamos a maternidade, ele já se diferenciava. Enquanto os irmãos só aceitaram amamentação por três meses, Victor ficou até os 8 meses pendurado no peito e se dependesse dele, esse tempo teria se estendido. Onde já se viu uma criança com 10 meses conseguir sair de um berço que tinha quase um metro de grade ? ele saiu e não se machucou.
Sem história familiar de asma, Victor adquiriu esta tal. Foram meses de agonia com ele. Correndo pra médico, internando, tomando bobinha etc. Finalmente eu pesquisei sobre o problema, vi que a natação seria um bom coadjuvante no tratamento e resolvi colocá-lo numa escola de natação. Persisti e finalmente ele ficou totalmente curado da asma e de quebra ainda se tornou um grande nadador. Lembro quando ele tinha uns 5 anos, durante as aulas de natação, a instrutora achava incrível quando ele saía nadando de lado como se fosse uma piabinha !!!
Bom, curado da asma, Victor voltou com a carga total. Um dia o procuramos pela casa toda e nada. Ele estava brincando dentro do maleiro do guarda-roupas. Não sei como ele conseguiu subir até lá, pois era muito alto. Pior foi quando ele resolveu colocar uma escada e subir pra brincar em cima da casa próximo a fios de energia !!!
Outra vez, ( aos 8 anos ) quando o celular ainda não tinha chegado em J. Pessoa, ele saiu do colégio às 17 horas e ficou brincando na casa de um colega, sem avisar em casa. Geralmente ele chegava em casa às 17:30. Nesse dia anoiteceu e nada. Ficamos loucos em casa. Mobilizei o bairro inteiro para procurá-lo. Gente de carro, de moto, eu saí de rua em rua perguntando casa a casa por ele. Exatamente na casa que eu não perguntei, ele estava. Quando eu já tava ligando pra polícia, bombeiro, Tvs, lá vem um dos caçadores de Victor com ele na moto. Sabe aquele misto de alívio, alegria, vontade de chorar e raiva ? foi o que senti. Agradeci a Deus e ao pessoal todo que me ajudou e dei-lhe uma boa surra pra nunca mais repetir isso.
Outra vez, tínhamos deixado uma festa de aniversário pela metade e não tínhamos participado do bolo. Chegamos em casa, por volta das 22hs, nos preparávamos para dormir. Nisto toca a campainha e meu esposo vai atender. Era um amigo nosso que tinha vindo deixar um pedaço do bolo. Enquanto os dois conversavam na calçada, Victor que devia ter uns 4 anos, saiu inocentemente de casa e foi brincar com os carrinhos numa rua atrás da nossa onde tem uma calçada bem larga. Ninguém viu ele saindo. Quando o amigo foi embora, trancou-se tudo e todos foram deitar. Opa ! todos não ! Como Deus fez a mãe com um dispositivo que vê além das paredes, eu gritei do meu quarto “ os três estão deitados ?”. Quando o mais velho disse que Victor não estava com eles. Levantamos e começou a agonia. Reviramos a casa toda e nada. Como pode isso ? o menino sumiu ! só podia ter escapado enquanto os dois homens conversavam na calçada.
Saí doida procurando ele, já era quase 23hs. Pleno domingo. Ruas desertas, escuras. Meu Deus ! foi quando um vizinho nosso chegava em casa e disse que tinha visto o menino brincando na outra rua. Pegamos ele, conversamos. Ele foi dormir. Mas eu, pelo choque, passei a noite em claro.
A mais forte de todas. Quando ele tinha 2 anos, repetindo, dois anos, fomos ao sertão. Eu, ele, o pai e um amigo. Saímos visitando em cada cidade. Entramos em Juazeirinho e ficamos uns instantes conversando com algumas pessoas. Nisso Victor brincando na sala com outras crianças, vai pra calçada. Tinha uma caminhoneta passando lentamente em cima de um quebra-mola em frente à casa que estávamos e o menino subiu no pára-choque traseiro. O motorista pegou a PB que leva para Catolé do Rocha e o menino “amorcegado”. Daqui a pouco o motorista percebe que tem alguém pendurado e pára. Qual foi sua surpresa ao ver uma criança pendurada. Nisso, dei por falta do menino e comecei a procurar. Foi tudo muito rápido. Orei a Deus e para minha alegria lá vinha o motorista com o menino nos braços, perguntando de quem era ele. Agradeci a Deus e ao motorista e seguimos viagem.
Amo meus três filhos, mas meu Victor tem muito de especial. Toca violão que é uma coisa. Bateria nem se fala ! na guitarra ele arrasa ! percussão ?? show de bola ! até trompete ele toca, a coisa mais linda !!e pasmem nunca teve numa escola de música. Agora que completou 15 anos, posso dizer que é um rapaz. Bonito, cheio de fãs, sem vícios, muito família e mais importante que tudo: cristão, obediente a Deus e aos pais. Uma pessoa amada por todos que o conhecem. Esse é o meu Victor, um Sãopaulino bem humorado e de bem com a vida !!! Te amo filhão !!!!

Um comentário:

Dira disse...

filhos são bençãos de Deus, lindona. Parabéns pelos seus. Deus foi muito generoso contigo. Um abraço na familia toda. de vez em quando eu te acho por aqui. beijo. saudade, maroquinha.